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terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Correntes Críticas do Currículo

Calado,R.T.C*


Correntes Críticas do Currículo


RESUMO

Cada tempo há características peculiares que se conjeturam no currículo e, portanto, na forma do homem. A Escola é uma das criações aptas para colaborar para que a realidade do mundo moderno seja refletida, conscientizada e aprimorada e o currículo é um dos utensílios para isso. O Objetivo deste ensaio foi abranger as Teorias  do Currículo e seus alcances nas Tendências Pedagógicas da Educação. Por meio de uma classificação bibliográfica, foi possível abranger as percepções de homem e sociedade das teorias do currículo, chamadas Tradicionais, que visam à concepção do homem ajustado ao Sistema;das Críticas, que apontam à das Pós  Críticas, que se voltam ao nível discursivo e a formação para o convívio na diferença.

Palavras chaves: Currículo; Cultura; Formação Humana

INTRODUÇÃO

Quando se entra em contato com a história das Teorias do Currículo, especialamente a partir das obras de Silva (2004) e Silva e Moreira (2002), pode-se compreender também como a constituição desse campo de estudo, ligado, especialmente , as áreas de Sociologia e Filosofia, entusiasmou a constituição das Teorias Pedagógicas ao longo da história na área de Educação Escolar. Desse modo, este ensaio também se explica por tentar abranger de modo contextualizado os currículos propostos nas diversas Tendências Pedagógicas.
A importancia do tema reside , exatamente, em perceber currículo não como um simples instrumento da educação, mas como Moreira o entende:

" um componente social e cultural " , cuja história vincula-se aos contornos de organização da sociedade e da educação, com imbricações com o poder, com o com o controle e com oa eficácia social, não sendo "[...] um elemento puro e neutro de transmissão desinteressado do conhecimento social".
   (1997,p 9)
Para o mesmo autor , o currículo não é mais uma área unicamente técnica podendo se falar em uma espécie crítica do currículo norteada por assuntos sociológicos, políticos, epistemológicos.
O objetivo deste ensaio foi abranger as Teorias do Currículo e suas extensões nas Tendências nas Tendências Pendências da Educação. Por meio de um levantamento bibliográfico em livros, revistas e artigos.


DESENVOLVIMENTO

AS décadas de 60 e 70 foram apontadas por diversas mudanças políticas econômicas e culturais que iriam modificar categoricamente o rumo das reflexões e práticas na extensão educacional. Os movimentos de libertação das antigas colônias europeias, os protestos estudantis em diversos países do mundo, os protestos contra guerra do Vietnã , os movimentos feministas e de contracultura, liberação sexual e as lutas contra a ditadura militar, principalmente no Brasil, são marcados por Siva(2004), como alguns fatos desse tempo que põem em xeque as imagens tradicionais  e a educação. NO começo da década de 60naparecem nos EUA, Europa e também no Brasil as primeiras críticas incisivas às duas concepções de currículo antes revelados. Essas correntes são chamadas Teorias Críticas do Currículo, tendo como base especialmente no marxismo ( nas suas várias vertentes) e a fenomenologia, ainda que esta última seja concebida pelo Movimento de Reconceptualização.
Segundo Martins (1992, p 98), há duas percepções fundamentais de currrículo como:

"[...] um plano de estudos que capacita o professor a preparar e administrar o seu trabalho assim como  o de seus estudantes", enfim um projeto daquilo que precisa ser estudado; e outra concepção que enfoca o currículo." "[...] como sendo a soma total dos conhecimentos dos alunos e que são esquematizadas pela escola como uma instituição, envolvendo tanto os alunos como os professores e métodos de ensino e de trabalho."


Nas teorizações contemporâneas a respeito do currículo, nas quais se estabelecem as Teorias Pós-Críticas ou Pós-Modernas, (entusiasmada pelos Estudos Culturais e a Nova Sociologia), outros subsídios se adicionam à discussão além das demandas de classes social e superestrutura. Essas teorias, ao rejeitarem as metanarrativas características das teorias críticas, arrastam sua visão para o alcance, por meio da linguagem, dos micro contextos e das relações de pode, da edificação das identidades, das subjetividades, das diferenças e enfatizam como o currículo,percebidos como uma prática discursiva , está imbricado na construção de quem somos como pessoa. A própria palavra currículo nos dá essa grandeza. Procedente do latim, curriculum denota "pista de corrida", "caminho", "jornada", "passagem" (MACEDO, 2001;SILVA, 2004).
O currículo, percebido agora como texto, como discurso, vai colaborar para a edificação das identidades sociais que lhe sejam cabíveis, deste modo, o nível discursivo exerce um papel crucial, uma vez que o poder e a desigualdade se compõem também discursivamente. No entendimento de Neira & Nunes(2006), currículo hoje precisa ser envolvido então em duas esferas: como política curricular, como macrodiscurso, expressa as visões e os sentidos do projeto hegemônico que se quer convalidar na sociedade; e como microtexto, como na prática de sficação em sala de aula, o currículo colabora para o desenvolvimento de identidades sociais subjetividades que lhe sejam apropriadas.
A proposta de Bracht (1999) põe foco principal de sua pedagogia e de seu currículo o papel da linguagem, essa proposta parte de uma compreensão de circulação dialógica, pois o movimentar-se humano é percebido como forma de entendimento com o mundo . O sujeito, nesta probabilidade, é capaz de crítica e atuação independente, que se dá por meio do diálogo. É pelo diálogo diálogo crítico, contextualizado, que o ser humano distingue os determinantes da sociedade, das ideologias impostas , e, desse modo, é capaz de aumentar o seu nível de liberdade em relação ao mundo. Deste modo, pode-se perceber sua aproximação das teorizações freirianas.


CONCLUSÃO


Ainda que considerassem de extrema importância os questionamentos que os Pós-Modernos nos apresentam para a ideia no campo da educação, quando ressalta a diversidade cultural, a valorização da subjetividade, o discurso e o controle e o questionamento de alguns "verdades incondicionais", analisamos também que, levadas às ultimas consequencias, esse  pensamento pode  nos transportar a uma condição de imobilismo, como se a única coisa que nos restasse fosse notar o percurso "natural" da história.
É notório o valor do currículo no contexto escolar, social e cultural e, por isso tornou-se, contemporaneamente , alvo de atenção e de melhoras educativas, dado o seu valor estratégico em se tratando da continuação e da configuraçao dos indivíduos e da própria sociedade.
Por outro lado, é sucinto se atentar para o fato de que o currículo não é neutro; ao ser condução de conhecimentos escolhidos, ele se aliança ao poder, à homogeneização ou diferenciação da escola e por isso  os educadores necessitam estar alertas às suas implicações sociológicas, psicológicas e culturais quando de sua estruturação.




REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS... COLOCAREI DEPOIS...











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