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quinta-feira, 15 de novembro de 2018
A Comunicacao na Escola ou Educacional
COMUNICAÇÃO NA ESCOLA
1. COMUNICAÇÃO NO ÂMBITO ESCOLAR
Com a propagação cada vez mais acelerada dos meios de
comunicação e informação, especialmente entre os jovens, a escola se
encontrada diariamente provocada. Para Barbero os meios de comunicação e
as tecnologias de informação são para a escola, principalmente, um desafio
cultural, que deixa real a brecha cada dia maior entre a cultura a partir da qual
os professores instruem e aquela outra a partir da qual os alunos aprendem.
Pois os meios de comunicação não somente descentralizam as formas de
transmissão e circulação do saber, porém constituem um âmbito determinante
de socialização, de dispositivos de identificação/projeção de pautas de
comportamento, estilos de vida e padrões de gosto.
1 A escola, embora de todas as modificações contemporâneas, tenta
conservar a legitimidade de detentora do conhecimento. Como distingue Citelli,
fazem parte da chamada cultura escolar, os atos coercitivos causados no
pressuposto da existência de uma autoridade, em que se envolve a questão
funcional-hierárquica, explicada pelo discurso pedagógico.
2 O arranjo da linguagem assegura que os procedimentos de ensino
aprendizagem dizem respeito aos mecanismos de acumulação simbólica, mas
que consentem, por fim, o acesso ao plano material:
1BARBERO, Jesús M. Globalização comunicacional e transformação cultural. in MORAES,
Dênis (org.) Por uma outra comunicação. Rio de Janeiro: Record, 2003.
2.1 CITELLI, Adilson. Palavras, meios de comunicação e educação. São Paulo: Cortez, 2006.Pela
considerando via seu dialógico estrutura escola,institucional presente,parece não existir outra forma de aprender senão
tendo em mira os conteúdos como finalidades em si e que aliados a outros conteúdos postos na mesma
série terminariam por legitimar as unidades (do conhecimento) chamadas disciplinas. A boa lógica
diria, portanto, que quanto maior o número de disciplinas ministradas nas unidades
escolares,maior o domínio do conhecimento.
3 Ao se indagar o porquê da instituição escolar não dar valor
adequadamente o uso da comunicação, Masetto incluso com o pensamento de
Citelli, distingue algumas situações, por exemplo: a persuasão de que o papel
da escola em todos os níveis é o de “educar” seus alunos – entendendo por
“educação” transmitir um conjunto organizado e sistematizado de
conhecimentos das várias áreas, desde a alfabetização, passando por
matemática, língua portuguesa, ciências, história, geografia, física, biologia e
outras, inclusive aqueles conhecimentos próprios de uma formação profissional
nos cursos de graduação de uma faculdade. Além disso, espera-se que a
escola possa transmitir valores e padrões de comportamentos sociais
adequados da sociedade em que se vive. Conservam-se o patrimônio cultural
da humanidade e os costumes sociais esperadas. Deste modo, “tendo em vista
à consecução desses objetivos, o professor é aperfeiçoado para valorizar os 3 CITELLI, Adilson. Comunicação e educação. A linguagem em movimento. São Paulo: Editora SENAC São Paulo, 2000.conteúdos e ensinamentos acima de tudo, e privilegiar a prática de aula expositiva para transmitir seus conhecimentos”.
4 Para Barbero é por meio da propagação da tecnicidade mediática
como dimensão estratégica da cultura que a escola poderá inserir-se nos
procedimentos de modificação que a sociedade atravessa. Para isso, a escola
precisa interagir com os campos de experiência nos quais se acionam
atualmente as: hibridações da ciência com a arte, das literaturas escritas e
audiovisuais, reorganização dos saberes a partir de fluxos e redes pelos quais
se movimenta não meramente a informação, no entanto o trabalho e a
criatividade; o intercâmbio e disponibilização de projetos, pesquisas e
experimentações estéticas.
5 E, deste modo, interatuar com as modificações no campo/mercado
profissional, ou seja, com as novas figuras e modalidades que o ambiente
informacional permite, com os discursos e relatos que os meios de
comunicação de massa movimentam e com as novas formas de participação
cidadã que eles abrem, notadamente na vida local. Portanto, o autor
acrescenta: Comunicação e educação reduzidas ao uso instrumental dos meios na escola ficam fora
daquilo que seria estratégico pensar: a inserção da educação nos complexos processos de comunicação da sociedade atual – o ecossistema comunicativo que constitui o ambiente circundante.
6 MASETTO, T. Marcos. Mediação Pedagógica e o uso da tecnologia. In MORAN, José
Manuel. Novas tecnologias e mediação pedagógica. Campinas, SP: Papirus, 2000.
5 BARBERO, Jesús M. Globalização comunicacional e transformação cultural. in MORAES,
Dênis (org.) Por uma outra comunicação. Rio de Janeiro: Record, 2003.
6 BARBERO, Jesús M. Globalização comunicacional e transformação cultural. in MORAES,
Dênis (org.) Por uma outra comunicação. Rio de Janeiro: Record, 2003.A interlocução dentre comunicação e educação surge de um longo caminho percorrido pela História da Educação. Fonseca lembra o pensamento
pedagógico da Escola Nova, que floresceu no término do século XX, nos
Estados Unidos e na Europa, como a semente causadora desse movimento de
imbricação. A doutrina e a prática da Escola Nova, ainda que encontrem
antecedentes desde o século XIV no pensamento ocidental tomam corpo como
um movimento de renovação educacional fin-de-siècle. A consolidação dos
Está - nacionais, a urbanização, a industrialização, o liberalismo econômico e a
idéia de democracia política, as descobertas científicas da Sociologia e da
Psicologia, a criação da escola pública burguesa e a crescente pressão das
classes operárias por instrução são fatores ligados ao aparecimento do
pensamento escola na vista, em fins do século XIX.
7 Em meio a as diferentes contribuições da Escola Nova, aponta-se a
preocupação com os processos e recursos didáticos como um dos aspectos
que consentiram o diálogo dentre Comunicação e Educação. Dessa matriz
comum de renovação educacional, duas grandes linhas de força, estritamente
pautadas ao
emprego dos meios de comunicação na escola, foram se
configurando: o tecnicismo pedagógico e o construtivismo. 8
A interlocução dentre Comunicação e Educação foi retomada, num
viés político, pelos autores da chamada Escola Latino-America, nas décadas
de 1960 e 1970. Muitos de seus atores, ligados a movimentos sociais,
7 FONSECA, Cláudia Chaves. Os meios de comunicação vão à escola? Belo Horizonte:
Autêntica/ FCH-FUMEC, 2004.
8 MORAN, José Manuel Moran. Ensino e aprendizagem inovadores com tecnologias
audiovisuais e telemáticas. In MORAN, José Manuel. Novas tecnologias e mediação
pedagógica. Campinas, SP: Papirus, 2000.formularam suas reflexões no campo educacional ou comunicacional guiados
em experiências comunitárias..
9 O Edu comunicação é um campo a também no universo
ensino/aprendizagem e que envolve um novo perfil profissional, onde se faz
imprescindível conhecer tanto da área da comunicação quanto da educação.
Edu comunicador é a palavra empregada por Mario Kaplún, na década de 80,
baseado na filosofia educacional de Paulo Freire e ampliado através dos
estudos e pesquisas realizadas no Brasil e América latina pelo professor Ismar
de Oliveira Soares e sua grupo de pesquisadores, para indicar o profissional
que trabalha com a interconexão comunicação e educação. Conforme Schaun,
as motivações que levam profissionais do mundo inteiro a trabalhar na junção
comunicação/educação são permeadas pelas utopias sociais. O Edu
comunicador como passa a ser conhecidos, são indivíduos que confiam na
mediação da comunicação com e para a educação enquanto política de
influência social partida e complexa da pós-modernidade, estruturada na lógica
do poder econômico-financeiro internacional e do fenômeno da globalização. 10
Os meios de comunicação convergem diretamente com a escola, e
de uma forma muita ocasiões, desleal. Conforme avaliza Citelli enquanto o
ritmo das aulas e o tempo dos discursos didáticos insistem na adoção de
procedimentos discursivamente fechados, de pouca ou nenhuma plasticidade
significa, os alunos dialogam crescentemente com as linguagens não-
escolares, relativos à “revolução digital” desenvolvendo, em decorrência, outras
formas de perceber, ver e sentir o mundo. 11
9 BRAGA, José Luiz, e CALAZANS, Regina. Comunicação e Educação: questões delicadas na
interface. São Paulo: Hacker, 2001.
10 SCHAUN, Ângela. Educomunicação: reflexão e princípios. Rio de Janeiro: Mauad, 2002.
11 CITELLI, Adilson. Palavras, meios de comunicação e educação. São Paulo: Cortez, 1999.Trava-se, tem algum tempo, uma discussão que entusiasma a todos os envolvidos precisam ou não os meios de comunicação, portadores que são
dos avanços tecnológicos, continuarem presentes na Escola? De um lado, os
defensores ardorosos dessa presença, afirmando que não é possível consentir
que a Escola fique alienada das conquistas tecnológicas que distinguem a
contemporaneidade. De outro, os que argumentam que a tecnologia, reflexão e
a Escola é o espaço reservado para tal. E certo que ambos os lados
apresentam argumentos sólidos e que se necessita procurar o equilíbrio,
contudo, será tão simples.
12 E preciso, no entanto, que tornemos mais compreensivo a
discussão. Agora não se trata precisamente de utilizar-se ou não dos meios de
comunicação na Escola, uma ocasião que eles compõem o fazer e o pensar de
alunos e professores. Logo, eles lá estão. Trata-se, isso sim, de nos sabermos
de que maneira a Escola pode cumprir seu objetiva maior - desenvolver
cidadãos críticos - a partir dessa nova realidade. A utilização, e em que
medida, das novas tecnologias precisa estar dependente a esse objetivo. Que
fazer para que a Escola retire suas máscaras conservantes e se localize com a
sociedade do presente, ajudando a construir um futuro em que as pessoas
sejam mais parecidas e tenham seus direitos respeitados.
13 A Escola não é mais, hoje em dia, o Único lugar onde se adquire o
saber. O saber está presente em todos os interstícios da sociedade, fechado
pelos meios de comunicação. Em comum o saber difundido na sociedade não
é o mesmo pelo qual a Escola até briga. E a maneira como se difunde na
12 CITELLI. Adílson meio COMUNICAÇÃO & EDUCAÇÃO. S3o Paulo: CCA-ECA-USPI
SEGUNDO, n. 17, jan./abr. de 2000. p. 34.
13 OROZCO GOMEZ. Guillermo Tekaiidittirin: premissas para uma pedagogia. Comunicação &
Educação S5a Paulo: CCA-ECA-1ISP/ Segmenta, n. 18. Seguimento. de 2000. v. 63.sociedade esse saber é, em geral, muito mais aprazível que a maneira de agir da Escola: o saber descentrado chega manifestado em diferentes linguagens;
o saber da Escola, em comum, simplesmente na linguagem verbal.
14 Analisar as criticas Escolar tendo em vista os veículos de
comunicação e a nova tecnologia passa por pelo menos três direções
fundamentais: o diálogo difícil com os meios; o reconhecimento
das possibilidades operacionais, isto é, os alunos precisam aprender um pouco
como se produzem as linguagens da mídia; a melhoria na infra-estrutura
tecnológica da própria Escola.
Dificuldade cuja saídad epende,essencialmente, das políticas oficiais.
15 Martin Barbero sugere para os professores duas atividades
pedagógicas com Comunicação & Educação. Preocupada com o papel que a
escola cumpre na atualidade, a autora reflete sobre o que significa ensinar e
qual a intenção da escola. Ela responde com a afirmativa de que é preciso que
os conteúdos permitam o desenvolvimento do jovem para o século XX1. Neste
sentido, propõe uma atividade que debate a estrutura seriada da telenovela e a
diferente maneira de assistir e, outra, que enfatiza o desígnio de se discutir a
sociedade da informação.16
14 BACCEGA, Maria Apaciada. DIJ Comunicação& Educação. São Paulo: ÇCA-EÇA-USP/
seguimento, n. 18,maio. De 1994 p. 7- 14.
15MARTIN- Barbero, Jesus. Desafio cultural comunicação à .Cornunicação & Educação. n. 18.
São Paulo: CÇA-ECA-USPI Segmento, maio/ago. de 2000, p 60
16 MARTIN- Barbero, Jesus. Desafio cultural comunicação à .Cornunicação & Educação. n. 18.
São Paulo: CÇA-ECA-USPI Segmento, maio/ago. de 1996, p 602. INOVAÇÃO DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO NA ESCOLA
Um fator fundamental para a difusão da escrita como meio de
comunicação foi o desenvolvimento do alfabeto na Grécia. Natural dos
silabários fenícios, o alfabeto grego seria “o exemplo máximo de difusão
cultural [...]”. Com o sistema de escrita grego aparece um modo de
comunicação autônomo e independente. Existe, deste modo, uma modificação no
modo de difusão da cultura que doravante diferenciará as sociedades
letradas, nas quais o sistema de escrita tornar-se-ia um meio de comunicação
fundamental para a organização social, permitindo a transmissão de
conhecimentos independente do espaço geográfico e do tempo.
17 A referência ao sistema de escrita como um meio de comunicação
independente e autônomo é importante para pensarmos a propósito
das inovações nos modos de difusão da cultura e transmissão do conhecimento.
Como indica Wedemeyer, o uso da escrita tornou possível o desenvolvimento
da instrução à distância como uma modalidade educacional na qual professor
e aluno, mesmo afastados pela distância geográfica, podem cumprir atividades
de ensino e aprendizagem.
18 O desenvolvimento dos meios de comunicação de massa propiciou
alterações consideráveis na educação à distância na década de 1970.
Programas de televisão e rádio, além de fitas cassete e vídeos, passam a ser
lançados como materiais didáticos para cursos de educação à distância. As
17GOODY, Jack, WATT, Ian (2006), As Conseqüências do Letramento, Trad. De Waldemar
Ferreira Netto, São Paulo, Paulistana.
18ARETIO, Lorenzo García (1999), “Historia de la educación a distancia”, Revista
Iberoamericana de Educación a Distancia (RIED), 2,1, pp.11-40.universidades de educação à distância acolhem um contingente considerávelde estudantes. Em 1995, a Anadolu University da Turquia apresentava 600 mil
estudantes enquanto a Universitas Terbuka da Indonésia tinha
aproximadamente 350 mil estudantes matriculados e a CCTVU network da
China mais de 850 mil estudantes. De acordo com Peters, “mesmo que estas
universidades de ensino a distância atendam menos do que 200 mil
estudantes, ainda são comumente as maiores universidades em seus países e
às vezes atraem mais estudantes do que todas as outras universidades em
conjunto”.
19 O desenvolvimento de novas tecnologias de informação e
comunicação tornar-se-ia possível com a convergência entre microeletrônica e
computação. Modificações no modo de organização social aconteceram em
decorrência da interconexão dentre microcomputadores em rede e a
divulgação da Internet. Com as inovações nos meios de comunicação aparece
a “sociedade da informação”.
20 Além de adequarem modificações na economia com a interligação
dos mercados financeiros e a formação de um mercado global, as novas
tecnologias de informação e comunicação propiciariam mudanças na educação
à distância. Existe, por um lado, uma alteração na produção de materiais
didáticos. Os materiais didáticos lançados com o uso de novas tecnologias de
informação e comunicação consentiriam que, no procedimento de ensino-
aprendizagem, professores, tutores e alunos tivessem mais interatividade. 21
19 PETERS, Otto (2001), Didática do ensino a distância: Experiências e estágio da discussão
numa visão internacional, Tradução Ilson Kayser, São Leopoldo, RS, Editora Unisinos.
20AURAY, Nicolas (2000), Politique de l’information et de l’information: Les pionniers de la
nouvelle frontière électronique, Thèse de Sociologie, Paris, EHESS.
21 CARVALHO, Guilherme Paiva de (2006), “A formação de redes colaborativas no ensino
superior, XXX Encontro Anual da ANPOCS, Caxambu, MG.Existiria, por conseguinte, no que diz respeito aos processos de
ensino-aprendizagem, uma diferença dentre os meios de comunicação
empregados na segunda geração da educação à distância e as novas
tecnologias de informação e comunicação. Basicamente, a transmissão de
dados é mais rápida, aspecto que potencializaria “a aprendizagem autônoma”.
Portanto, ao tornar a comunicação dentre estudantes, tutores e professores
mais dinâmica, o uso de novas tecnologias de informação e comunicação na
educação à distância inovaria as práticas educacionais. Áudios, vídeos e textos
podem ser digitalizados e disponibilizados em meios eletrônicos.
22 Com o uso de novas tecnologias de informação e comunicação na
educação à distância aparecem os ambientes virtuais de aprendizagem. O
ambiente virtual de aprendizagem é um software produzido designadamente
para a educação, determinado como uma plataforma voltada para beneficiar a
interação entre estudantes, tutores e professores. Tendo como suporte a
Internet, o ambiente virtual de aprendizagem representa, em uma plataforma
virtual, procedimentos e atividades de ensino-aprendizagem, pesquisa e
gestão, realizados face a face na educação presencial. Os ambientes virtuais
de aprendizagem, ao representarem as atividades de ensino-aprendizagem,
pesquisa e gestão em uma plataforma virtual, consentiram a descentralização
da gestão e das atividades de ensino. Outra característica relevante da
educação à distância na sociedade da informação é a flexibilidade. O uso de
novas tecnologias de informação e comunicação na educação à distância a
22PETERS, Otto (2004), A educação a distância em transição: Tendências e desafios, Trad.
Leila Ferreira de S. Mendes, São Leopoldo, RS, Editora Unisinos.torna mais maleável. Estudantes podem acessar a
qualquer momento o conteúdo das disciplinas no ambiente virtual de aprendizagem. 23
Como destaca Castells, o acesso aos conteúdos da Internet traz
como condição básica o nível educacional dos indivíduos. Para uma
adequação às exigências da “Era da Internet”, o sistema educacional teria que
mudar tanto as metodologias quanto as práticas educacionais. O desequilíbrio
educacional vivente nas sociedades letradas pode ter como conseqüência a
exclusão digital,ou seja,um contingente principalmente aquelas que residem no-expressivo de pessoas,
interior, pretenderia a ser excluída do acesso ao uso de tecnologias de informação e comunicação. 24
23 ARMENGOL, Miguel Casas (2002), “L’impact de la mondialisation sur l’Université Virtuelle
Ibéro- Americaine”, Enseignement supérieur en Europe, L’enseignement transnational de
qualité: un engagement commun en faveur du développement soutenable, vol. XXVII, no 3,
pp.187-196.
24CASTELLS, Manuel, (1999), “A sociedade em rede”, A era da informação: economia,
sociedade e cultura, v.1, Tradução de Roneide Venâncio Majer, São Paulo, Paz e Terra.
3. PAPEL DA COMUNICAÇÃO INTERNA NA ESCOLA
As predominantes, deste modo, são progressivamente deslocadas
para o papel da interação e da comunicação interna no âmbito da escola, para
a procura de uma linguagem comum que consinta descrever os princípios
espirituais e morais da escola,as acepções subentendidas e as representações ligadas aos objetivos - na maior parte das ocasiões ocultos -
que conduzem as estratégias e as práticas dos diversos atores. Uma escola,
como conjunto vivo de pessoas que coexistem e que contribuem, desenvolve
sua própria linguagem, possui suas palavras, seus próprios conceitos, rituais e
maneira de expressão familiares, que facilitam a comunicação interna, dão
segurança, provêem a cada um a impressão de "estar em casa", ajudam cada
um a tomar consciência do que é importante na vida habitual. Conforme o
"clima" vivente, uma escola será mais ou menos aberta ao questionamento, à
modificação, à auto-avaliação.
25 No todo da Escola, o trabalho de comunicação interna propôs ações
que valorizassem o diálogo e fortalecessem o relacionamento interpessoal
dentre os funcionários, além de ter movido a equipe para que se tornasse mais
ativa no processo de comunicação. Ressalta-se que o termo funcionários
refere-se a todo o corpo funcional da Escola, ou seja, professores,
administração, secretaria, financeiro e serviços gerais.
26 Apresenta-se, deste modo, o valor astucioso e humano das
Relações Públicas, enquanto gerenciadoras da comunicação interna da Escola.
25 GATHER THURLER, M., KOPMELS, D. Innovation dana l'enseignemnte primaire: idées
maitresses du rapport final du projet 8 du Conseil de L'Europe. Berne: CDIP, 1988.
26GRANDO, Giselle Uilza Bruno. Linguagem Interna: dinâmica das redes informais na co-
municação organizacional. São Paulo, 2001. 97f. Dissertação (Mestrado em Comunicação e
Semiótica) – Pontifícia Universidade Católica, São Paulo.É válido lembrar, neste momento, a comunicação da interna com seu corpo funcional, logo que as atividades desenvolvidas pela Escola necessitam da
cooperação de seus funcionários, o que permite a abertura de uma extensa
gama de trabalho para a área de comunicação interna, que ainda não
alcançou um estágio eficaz.
27 A atividade de comunicação interna é um fator estratégico para o
sucesso das organizações e surge ocupando espaço cada vez mais relevante
dentro das escolas. Ela é fundamental para os efeitos, além de ser um fator
humanizador das relações escolares e, por isso, atualmente, se transformou
em uma importante ferramenta da gestão escolar. 28
Entende-se por comunicação interna aquela que aparece do esforço
desenvolvido pela escola em manter canais de comunicação que permitam o
relacionamento ágil e claro entre seus funcionários. Nota-se que o vínculo em
meio a comunicação interna e relacionamento interpessoal tem pelo fato dos
relacionamentos interferirem de forma importante no desempenho das
atividades no âmbito escolar e, portanto, na pré-disposição dos funcionários
em se trocar informações; por isso, é importante que o relacionamento seja
trabalhado de maneira a integrar este público à organização. 29
27 GREENHALG, Leonard. Relacionamentos estratégicos: a chave do sucesso nos negócios.
Tradução de Elaine Pepe. São Paulo: Negócio, 2002.
28 MATOS, Gustavo Gomes. Comunicação sem complicação: como simplificar a prática da
comunicação nas empresas. Rio de janeiro: Elsevier, 2004.
29 KUNSCH, Margarida Maria Krohling. Planejamento de Relações Públicas na
comunicação integrada. São Paulo: Summus, 2003.
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